Cinco obras da Terra Redonda permanecem inscritas na edição 2021 do concurso literário.
O livro "40 anos do glorioso Vai Quem Quer" foi sumária e automaticamente desclassificado da edição 2021 do prêmio Oceanos de literaturas, reunindo livros publicados em 2020.
O prêmio Oceanos é destinado à produção literária de ficção (poesia, romance, conto, crônica e dramaturgia), contemplando apenas obras em 1ª edição.
Seis livros foram inscritos pela Terra Redonda Editora no concurso deste ano: "Declínio e queda de mim mesmo", de Caléu Moras; "99 histórias", de Sergio Papi; "Outras Impressões dA Terça" de Leno F. Silva; "Gotas de mim pelo chão", de Léo Bueno; "Poemas e crônicas da minha vida", de Lygia Alli; e "40 anos do glorioso Vai Quem Quer", de Pato Papaterra.
Entretanto, poucos dias antes do encerramento das inscrições, ocorrido no domingo (18/4), a editora foi surpreendida por um email comunicando a desclassificação do livro do VQQ. O delicioso livro de memórias carnavalescas de Pato Papaterra foi considerado "uma coleção de ensaios" pela organização do prêmio. Dois dias depois, encerrou-se o prazo para recurso e "o livro em questão" foi automaticamente desclassificado. A Terra Redonda não recorreu, considerando que é possível que os organizadores tenham razão.
Mas não se trata de matéria pacífica. O livro foi inscrito como típico do gênero "crônica", uma narrativa pessoal de situações vividas (ou imaginadas por lembranças enganadoras) no bloco Vai Quem Quer. Afinal, o próprio autor adverte que o texto pode conter invenções. Alerta reforçado no prefácio pelo presidente-rei da tradicional agremiação carnavalesca, Guga Augusto.
Mesmo assim, como pode ser constatado abaixo, o livro - segundo os critérios do prêmio - foi considerado um exemplar do gênero ensaístico não ficcional e convidado a se retirar. O que se conclui, a partir de então, é que o percurso inigualável desse bloco acaba de ser contemplado com um respeitável atestado de que sua história é muito séria. Tudo bem, o Vai Quem Quer só vai onde é querido!
