SIMS
Leio O SONO DE CRONOS da primeira à última linha, quase sem pausas, salvo aquelas a que me conduz o prazer da percepção, este novo poema-livro de Telma Scherer. Ela é prova de que a poesia brasileira guarda ainda muitíssimas riquezas, inencontráveis na maioria das publicações literárias que hoje circulam no país. A poeta demonstra rara competência no manejo das camadas fônica e visual do texto, o que por si só já a distingue em meio à pletora de imperitos/as versejadores/as para os/as quais tudo o que conta, parece, no que diz respeito à confecção de poemas, é poder se contar, isto é, se relatar, se descrever, se narrar, se reduplicar ad nauseam. Sugiro, se me permitem, que leiam este livro-poema em voz alta. Quase sem pausas. Com alegria. Mais de uma vez. Muitas vezes. Porque sims.
Ricardo Aleixo
Campo Alegre,
Belo Horizonte
novembro de 2019
14 x 21 cm
68 páginas
Ilustração da capa: Detalhe de pintura de Telma Scherer
Design e projeto gráfico: Tina Merz
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O sono de Cronos (Telma Scherer)
Telma Scherer vive na Ilha do Desterro, também conhecida como Florianópolis, onde leciona Literatura Brasileira, na UFSC. Quando não está pintando seus quadros, em um loft permanentemente bagunçado, nem ocupada com as aulas, a pesquisa e as resoluções da universidade, está procurando tempo para ir para a praia. Publicou os livros de poesia Desconjunto (IEL), Rumor da casa (7Letras), Depois da água (Nave), Entre o vento e o peso da página (Medusa) e o romance Lugares ogros (Caiaponte).@telmascherer